Breves Encarnações [3a versão]

Breves Encarnações (link)
um role-playing poem por Goshai Daian
Brasil, 2014

Breves Encarnações

Um “poema” de horror doméstico para 3–5 pessoas,
com duração de 15–30 minutos

Breves Encarnações é um jogo sobre tragédias familiares.
Nele os participantes assumem os papéis do Papai, da Mamãe e do Bebê numa conversa imaginária sobre o dia mais triste de suas vidas.

Disponha de um lugar calmo e de algumas cadeiras móveis.


Num jogo para 3 pessoas, o Casal fica lado a lado e de frente para o Bebê.
Num jogo para 5 pessoas, 4 representam o Casal, cada qual no papel das
Virtudes ou dos Vícios do Papai ou da Mamãe.

Quando todos estão em seus lugares e já respiraram fundo,
o Bebê dá início ao jogo dizendo algo como:

Aquele era um dia como outro qualquer…
O Papai do lado de fora e a Mamãe dentro de casa.

Primeiro o Papai (ou as Virtudes do Papai) diz o que estava fazendo.
Depois a Mamãe (ou as Virtudes da Mamãe) diz o que estava fazendo.
E então o Bebê começa a dizer… coisas perturbadoras.

Aquele foi o dia mais doloroso da minha vida.
Por quê?
A Mamãe não gosta de mim.

Os Pais não devem responder diretamente às provocações do Bebê.
Ao invés disso, eles devem narrar os pequenos instantes daquele que foi o
dia mais triste de suas vidas.

Nenhum dos três jamais revelará o que de tão trágico ocorreu naquele dia.
Mas em torno do fato, há muito o que dizer.

O jogo segue enquanto os participantes desfilam os erros, os
arrependimentos, os segredos e as culpas em torno daquilo
que seus personagens não se atrevem a mencionar.

Até que o Bebê resolva dizer, finalmente:
“Adeus”.

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Breves Encarnações é livremente inspirado
num conto de David Foster Wallace
e um Role-Playing Poem por Goshai Daian.

Este poema foi escrito em meados de 2013, reescrito em Maio de 2014 e novamente em 2 de Janeiro de 2015. Há várias versões dele pela internet. Espero que esta seja a última. Agradeço a André Assunção pela indicação do conto; a Luiz Falcão, a Tiago Braga e ao Lablarp por terem testado o jogo muito antes de mim; a Krishna Farnese, Rafael Rocha e aos que participaram quando pude fazê-lo no LabJogos de Belo Horizonte, em abril de 2014.